28 de outubro de 2014

For Darkness Shows the Stars (For Darkness Shows the Stars, #1) [e-book]

Autor: Diana Peterfreund
Ficção | Género: ficção científica
Editora: Balzer + Bray | Ano: 2012 | Formato: e-book | Nº de páginas: 416 | Língua: inglês

Como me veio parar às mãos: comprei o e-book no final de 2013 como prenda de Natal de mim para mim mesma.

Quando e porque peguei nele: entre 10 e 19 de outubro. Porque sim, estava a querer, mais uma vez, reler o Persuasão mas achei que seria melhor avançar para algo semelhante mas diferente. :P


Opinião: Este era daqueles livros que mais ansiava ler mas também mais temia. Como não sentir tais coisas contraditórias quando este livro era anunciado como um recontar de Persuasão que é só o meu livro preferido da Jane Austen e um dos meus livros preferidos de todos os tempos?! O que é que um livro passado num futuro distante, após um evento apocalíptico que baniu a tecnologia e fez com que parte da população sofresse uma espécie de défice cognitivo, poderia ter em comum com o meu adorado livro?

Mas é verdade. Nota-se a influência do livro de Austen não só em algumas personagens como também em diversas situações, no entanto e felizmente, a meu ver, a autora também consegue afastar-se da história original e escrever uma verdadeiramente sua, o que tornou este livro numa bonita e original homenagem. Provou o que há muito suspeitava, que uma história mesmo tendo bastantes traços em comum com tantas outras, ou uma muito específica, ainda assim tem muito que oferecer mudando-se um ou outro aspecto.

Gostei bastante do pormenor das cartas, como de resto já tinha gostado na prequela, que não chegam aos calcanhares da carta do Cap. Frederick Wentworth *suspira* mas acaba por ser um engenhoso artifício para dar a conhecer a antiga relação entre Kai e Elliott, as personagens principais, assim como de aprofundar a construção deste mundo.

As personagens também estão um pouco abaixo das criadas por Austen, sobretudo Kai que me pareceu muito mais bruto que Wentworth e, em algumas situações, muito mais infantil. De facto, achei que a idade dos protagonistas também não ajudou a que estas tivessem mais profundidade ou me identificasse tanto com elas, já que uma das coisas que mais me cativou em Austen foi o facto de as suas personagens serem bem maduras, com carácter definido e forte. Kai, como disse, ressente-se um pouco sendo ou tendo algumas atitudes infantis quando em Wentworth essas atitudes são mais a imagem de orgulho. Já Elliott pareceu-me um pouco mais bem conseguida mas ainda assim uns furinhos abaixo da minha Anne. Também gostei que a família North não fosse parvinha ou tapadinha de todo, como acontece no livro original, e pareceu-me que a maneira que a autora arranjou para se debruçar sobre a aristocracia de sangue e "novos ricos", digamos assim, foi muito bem conseguida.

Posto isto tudo, fui agradavelmente surpreendida. Aparentemente os meus receios não tinham razão de ser mas acho que é normal quando se lê opiniões sobre outros livros baseados nos de Austen que tanto deixam a desejar (a Slayra deve poder indicar-vos alguns exemplos). Nota-se o carinho que a autora tem pela história mas nem por isso se sentiu presa à mesma e acaba, com este livro, por contar uma história muito sua. Será uma autora a ter debaixo de olho.

Veredito: Vale o dinheiro gasto

2 comentários:

slayra disse...

Tenho de ler este! Será o próximo, depois do Follett. :)

WhiteLady3 disse...

Espero que gostes. :) O que estás a achar do Follett?

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